CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS

CARICATURAS AO VIVO EM FESTAS OU EVENTOS PARTICULARES, PROMOCIONAIS OU CORPORATIVOS
Procedimento: Após a contratação do serviço, o cliente deve efetuar o depósito referente a 50% (agendamento) do valor acordado pelas partes, na seguinte conta: JOAO CARLOS MATIAS DO NASCIMENTO Banco: CAIXA Agência: 3825 Local: ARMAÇÃO DOS BÚZIOS/RJ Conta: 013 00006663-5 " E ENVIAR O COMPROVANTE PARA O E-MAIL: cartunistacarioca@hotmail.com O valor restante (50%) deverá ser pago em "CASH" na apresentação/entrega do serviço. Caso seja evento de CARICATURAS AO VIVO, os 50% referente à entrega do serviço deverá ser pago "NA CHEGADA CHEGADA AO EVENTO", uma vez que, por conta de experiências anteriores, alguns clientes pagavam em cheque ou pelo fato de eu ter que esperar o final do evento para receber e os contratantes excediam o tempo limite de 04hs. PARA EVENTOS EM OUTROS MUNICÍPIOS/ESTADOS: Caberá ao contratante o pagamento referente ao deslocamento, alimentação e estadia (valores inclusos nos 50% do agendamento).

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O CARTUM BRASILEIRO NÃO TEM GRAÇA ( ? )


Durante os século XVII e XVIII, alguns ingleses desenharam e venderam caricaturas, desenhos nos quais os desenhistas deformavam ou exageravam o cotidiano da burguesia.

Na França, Honoré Daumier, um artista conceituado - e hoje referência no mundo das belas artes - começou a fazer cartuns. Ele trabalhou durante muitos anos fazendo desenhos para jornais e revistas da França. Devido ao seu empenho, ele é considerado por muitos o "pai do cartum moderno".

A história do cartum tem uma data muito importante: 1841. Nesse ano uma revista inglesa chamada Punch começou a publicar cartuns com regularidade. As pessoas gostaram e a idéia seguiu adiante. Os cartuns começaram, então, a aparecer também em jornais, comentando e criticando os acontecimentos com muita rapidez. O cartoon surgiu no século XIX na Europa. Assim como a charge e a caricatura, a proposta surgiu com o intuito de ridicularizar comportamentos . Nos portos da Europa, alguns homens faziam piadas em “partes” sobre pequenos cartões . Daí o nome cartoon.

Aqui no Brasil, na década de 1960, o cartunista Ziraldo deu à proposta uma nova grafia, até hoje conhecida por todos como cartum. O Brasil é um dos maiores promotores de cartum no mundo. Santiago, Ronaldo, Érico, Fred, William, Arionauro, Edu Grosso, Dálcio, Jota A. e outros tantos cartunistas – com certeza mais de 100 ( cem ) nomes - sempre levam o nome do Brasil aos topos dos pódiuns nacionais ou internacionais. Um dia após a abertura do Salão Internacional de Humor de Piracicaba desse ano, na matéria publicada pelo Diário de Piracicaba sobre o evento, o cartunista Gual ( um dos organizadores do salão ) dizia que os cartunistas brasileiros não estavam mais fazendo àquele humor engraçado de antes. Concordo com ele... parcialmente. Na minha opinião, o fato dos cartunistas brasileiros não terem mais tanta graça é devido às propostas apresentadas pelos grandes salões de humor – inclusive o de Piracicaba – que também atribui premiações para cartuns non sense ou com nexo poítico. Que na verdade se enquadrariam muito mais na categoria charge do que propriamente em cartum e que fora do Brasil são mais conhecidos como gags ou political gags. Há algum tempo, os cartunistas mais premiados nos salões espalhados pelo mundo são: europeus, cubanos, árabes, asiáticos ... Oriundos de países que ainda enfrentam o autoritarismo, as repressões, as guerras e outras mazelas. O fato de arrebatarem premiações faz com que os demais concorrentes entendam que os mesmos tenham o domínio da linguagem. Mas é exatamente aí que está o equivoco. Há uma peculiaridade que, infelizmente, muitos cartunistas que julgam os trabalhos, assim como aqueles que concorrem deixam de levar em conta, que chama-se "identidade cultural". Quando estive na Europa em 1998, durante as comemorações do 37th Salão Internacional de Knokke-Heist, na Bélgica, pude observar que mais de 90% dos cartunistas locais ou de outros países que por lá estavam, tinham mais de 40 ( quarenta ) anos e muitos deles eram de países que viveram durante muito tempo sob situações como as citadas acima. O que faz com que eles projetem nos cartuns suas ideologias. Logo, se qualquer desenho tem dentre suas finalidades a promoção de questionamentos sociais e políticos, na verdade são charges ( pelo menos é isso que temos como definição de charge em qualquer lugar) . Aqui no Brasil, cartunistas como Ziraldo, Henfil, Lapi, Jaguar e outros tantos que participavam do PASQUIM desenvolviam desenhos de humor tão politizados quanto àqueles que europeus, asiáticos, cubanos, palestinos fazem atualmente. O que era perfeitamente pertinente devido às suas experiências. Só que hoje, muitos cartunistas que nàquela época eram estudantes universitários, militantes políticos e começavam a formar opiniões, atribuem premiações aos cartuns com contextos políticos ou non sense nos salões atuais. Deveriam levar em conta que, a maioria dos cartunistas que participam hoje dos salões de humor no Brasil tem menos de 40 ( quarenta ) anos e que eram crianças ou pré-adolescentes na última década da ditadura militar. Essa geração ( da qual eu faço parte ) sabe fazer o cartum voltado apenas para o riso, a piada gratuita, a sacanagem ... cartum mesmo! Mas aí vemos cartuns políticos sendo premiados em salões como Carioca e Piracicaba ( como o cartum que ilustra esse post ), que são referências para qualquer cartunista. E aí nos perguntamos: _ Se os outros estão certos e nós estamos errados, vamos tentar fazer como eles. E aí, nessa revisão de conceitos, perdemos nossa identidade. Dessa maneira, penso que seja muito cômodo atribuir aos cartunistas brasileiros a falta de “senso de humor”. Já que são as próprias comissões julgadoras vitalícias ( compostas também por cartunistas ) que julgam os trabalhos nos salões e que promovem essa crise de identidade no cartum nacional.

É isso.

Nenhum comentário: